quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

It's A Love Story

Ed parou na frente da porta, respirou fundo e bateu.
-- Quem é? -- a voz dela ainda soava doce em seu ouvido, para seu lamento... ou sua alegria.
Ele forçou uma voz grave e disse:
-- Coral de Natal.
Ela abriu a porta sorrindo, uma mecha loira estava no rosto iluminado da moça que atendia á porta... "Ela está usando os brincos que eu lhe dei no útlimo Natal", pensou Ed, "Isso há de ser um bom sinal".
A graça da moça essa tamanha, que seu sorriso não se esvaiu tão rapidamente quanto o esperado, ela apenas tirou a mecha da frente dos olhos e disse, surpresa:
-- Ed, o que você está fazendo aqui?
-- Lily, voltei ontem de Paris, não foi o mesmo sem você.
Lily enrubesceu
-- Mas... Mas...
-- Vamos dar uma volta?
Conversaram sobre o términio trágico do namoro com pesar, sobre Paris e todos os seus encantos e suas profissões atuais. Conversaram que se esqueceram do resto e por um minuto, tudo era como antes, não com aquele mesmo entusiasmo adolescente, mas sim com uma racionalidade e sinceridade que parecia que eles nunca haviam se separado, pelo menos não por inteiro.
-- E quando eu voltei, deixei minhas coisas na casa da minha mãe e a única pessoa que eu queria ver era você, Lily... -- ele sorriu por uns segundos sentado num banco -- Minha mãe pediu que eu não viesse, que era pedir pra doer mais em mim, mas eu entendo porque você não foi comigo, o que eu te pedi foi demais. Foi melhor assim, não é?
Ela mordeu o lábio e falou pesarosa:
-- Cinco anos, seis meses, onze dias... -- ela olhou no relógio -- Três horas, dezenove minutos e trinta e sete segundos eu esperei você vir aqui e me dizer isso. E o Jorge está em casa me esperando agora para o nosso primeiro Natal juntos e meu impulso é ficar aqui pra sempre... Nessa coisa irreal...
-- E o que você me diz?
-- Eu tenho que manter os pés no chão, Ed. Tenho que ser realista... Eu tenho minha vida, meu trabalho, um namorado, minhas coisas...
-- SHHH, eu mudei pra cá, a empresa está aqui, eu não vou à lugar algum a não ser que você queira que eu vá. Seu trabalho está seguro e sua vida é... minha vida.
Os olhos dela marejaram e ela deu a mão para ele. Foram andando até a porta da casa dela e pararam...
-- Dispense ele. O Jorge... -- Ed disse afobado -- Você sabe que seu lugar é comigo. Eu não me sentia em casa há muito tempo e eu me sinto completamente seguro aqui, com você... Você é pra quem eu quero voltar, porque minha casa sempre esteve onde meu coração estava que é contigo.
Ela pegou na mão dele...
Eles correram para longe, sabendo que o que eles queriam, o que eles precisavam estava bem ali. E não há nada mais raro do que ter o que se quer.
Eles viram a última oportunidade de ganharem.
Eles vivem uma história de amor.

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