quarta-feira, 30 de março de 2011

Incredulidade

Eu não acredito que você me perdeu assim, gradativamente...
E nem percebeu.

Duas Notas

Duas notas tinham a música que você fez para mim.
Dó. Sol.
Dó, você me disse, porque lamentava que uma menina tão cheia de vida pudesse ser tão triste às vezes.
Sol, você me disse, porque me prometia que ia trazer o sol e mudar isso.

Uma Nota...

Quanto mais a gente cresce, menos a gente olha pro céu.

Sem Você

Fazem cem dias que eu não falo com você e digo, só porque eu sei que você não vai ler isso, que está me matando.
Eu fiquei com raiva naquela época. Época?
Eu fiquei com raiva naquele dia, porque você me dá nos nervos com sua presunção, que me atrai, mas que às vezes me irrita e me cega de raiva, você me dá nos nervos porque sabe da verdade... Sabe que eu cairia aos seus pés se você pedisse, sabe que eu sairia cantando, mesmo se estivesse chovendo ou fazendo um sol de rachar a cabeça, sabe que eu pularia em você e nunca te deixaria ir.
Droga, odeio que você saiba isso.
Então eu vou parar na frente da sua porta, abrir a janela sua do MSN e não falar absolutamente nada, palavras são desnecessárias, principalmente porque eu prometi que não falaria mais contigo a não ser que você viesse falar primeiro.
Eu vou parar na frente da sua varanda e esperar que num dia, sem palavras ditas, a gente finalmente fique junto.

terça-feira, 29 de março de 2011

Vai Pela Sombra...

Ele olhou para os lados e ninguém estava vendo, ele carregava um livro considerado "feminino"demais e tinha vergonha do que os amigos diriam se ele fosse visto na praça lendo ele. Sentou à beira de uma àrvore e começou a ler. O tempo estava do jeito que ele amava: mais vento do que sol, não que ele odiasse o astro, apenas apreciava a brisa tão esperada de setembro no rosto.
Começou a ler, era um livro otimista, completamente contrário à sua leitura habitual, ele sempre foi um menino que apreciava um bom livro de Nietzsche ou Schopenhauer, mas sua melhor amiga havia lhe emprestado o livro como um passatempo, então ele aceitou, àvido por palavras otimistas, mas orgulhoso demais para dizer isso para a amiga ou admitir pra si mesmo que ele estava desejando um pouco de luz no meio das trevas dele.
O livro falava sobre criaturas mágicas e lugares mágicos, sobre pessoas que ocasionalmente voltavam à vida apenas para ver uma última vez as pessoas que amavam, coisa que ele não acreditava, porque senão ele a sentiria perto dela novamente.
Sacudiu a cabeça e o pensamento que nela havia surgido, se prometeu que não pensaria nela, pelo menos não hoje, baixou os olhos e encarou o sol que brilhava como se tivesse triunfado na batalha com as nuvens, sorriu, se tinha algo mais poderoso que as nuvens era aquele brilho, baixou os olhos e ouviu um riso atrás dele.
— Quem está aí?
— Olha pra frente, querido. — uma voz doce sussurrou em seu ouvido.
— Lívia, mas você... — ele se virou e viu os cabelos negros dela jogados por cima do ombro, os olhos estavam brilhantes e as mãos estavam no seu rosto.
— Eu sei muito bem o que eu sou, meu anjo.
— Mas o que você tá fazendo aqui?
— Eu preciso de você, meu amor.
Ele estava perplexo, fechou os olhos e tornou a abri-los pensando que fosse uma miragem ou algo assim, mas quando ele os abriu ela ainda estava lá, só que agora de pé.
— Precisa de mim pra que, Lily?
Ela tocou seu peito, onde estava seu coração e fez uma careta.
— Nossa, Adriano, tanta coisa se passando no seu coração, meu anjinho.
— Da minha perspectiva, Lívia, você é o anjo aqui.
Ela gargalhou, ele agradeceu por estar sozinho na praça naquele dia, a risada dela invadiu o coração dele e foi como se tudo se iluminasse dentro dele.
— Não, não, querido, o meu anjo é você. — ela o beijou e ele sentiu os lábios formigarem de felicidade, ele queria mais do que aquilo, mas ela se afastou e se pôs de pé novamente, ele se levantou junto com ela. — E eu preciso dizer porque eu vim, anjinho, você precisa me ajudar.
— Como?
— Se ajudando, meu amor.
Adriano arregalou os olhos e virou a cabeça, ela chegou mais perto novamente e disse com uma voz trêmula:
— Eu vim pra te libertar, meu anjinho. Dessa dor, dessa angústia, desse pessimismo, desde que eu... Parti — ela estremeceu novamente — você está sempre assim, meu amor. Eu preciso te libertar, você pode ter felicidade novamente.
Ele olhou pra trás e ficou andando de um lado pro outro, quando se virou, seus olhos estavam marejados.
— E se eu não conseguir?
Ela sentiu que estivesse partindo no meio. É, ela pensou consigo mesma, eu ainda consigo sentir.
— Você tem que conseguir, amor. — a voz dela ficou rouca — Eu preciso de paz, eu preciso que você fique em paz com o rumo das coisas. — ela chegou perto dele e pegou em seu peito novamente — Seu coração ainda bate e eu preciso te dizer que ele não parou junto com o meu...
— Às vezes parece que é assim...
— Por favor, Adriano. — suplicou ela — Eu só posso ser feliz quando você superar isso.
Ele fez um esforço pra sorrir e disse:
— Tudo por você, meu anjo.
E ela desapareceu.
E ele de repente se sentiu vivo de novo, seu coração batia com vigor e ele decidiu correr atrás da felicidade e parar de esperar que ela o encontrasse.

Falta de Oportunidades

— Eu sou sozinha, né... — Miranda fez uma pausa e sorriu — Mas eu não me importo de ser assim.
Camila a olhou, sem demonstrar muita emoção.
— Mas você nunca beijou ninguém? — Camila parecia meio chocada.
Miranda gargalhou:
— Isso eu já fiz. — ela parou e ponderou um tempo — Já fiz isso muitas vezes, na verdade,
Camila arregalou os olhos.
— E nenhum quis mais nada com você?
Essa daí deve beijar mal, pensou Camila dando um risinho disfarçado.
— Não é bem assim, né, Mila. Os últimos quiseram, mas sei lá, eu não via nem um "amanhã" com eles, sabe?
— Por que?
— Acho que eu só nunca beijei quem eu queria.
Camila olhou para a amiga, séria.
— Sério? — ela sacudiu a cabeça — Mas por que não?
— Acho que eu só nunca dei sorte. — Miranda deu de ombros — E o pior é que tanta gente sabe o gosto de beijar alguém que se ama, ou mesmo se gosta, e nem aprecia o valor disso.
— E por que você não via um amanhã com os que o quiseram?
— Nunca parei pra pensar nisso...
— Então, Mi, acho que você está sozinha porque você quer... Acho não, tenho certeza!
— Mas isso não me incomoda. — as palavras da amiga estavam marcando-a por dentro pouco a pouco, ela fez uma pausa pra absorver tudo aquilo.
— Você mente pra disfarçar que você também precisa de alguém. — Camila passou a mão no rosto da amiga. — Ser humana às vezes é bom também.

Crossroads

Ela chegou na universidade meio afobada, estava atrasada, mas isso não era novidade mais no mundo dela. Ela passou o dia com alguns colegas e riu tanto que seu estômago doeu um pouco. Viu uns meninos bonitinhos e flertou um pouco com os olhos e com um sorriso disfarçado e esse era o máximo que ela sabia de flertar.
Viu suas irmãs e melhores amigas, pessoas conhecidas que não eram tão amigas assim, mas ainda assim eram parte dela de alguma forma. Foi invadida pelo cheiro de um belo rapaz que passou calmamente por ela e ainda ficou suspirando e exclamando pelo rapaz como se tivesse 13 anos.
Ela viu tudo que poderia ter dado errado e agradeceu por ter tido um dia tão maravilhoso e cheio de coisas boas, agradeceu por ainda estar respirando. Ligou para a sua irmã, ela estava bem, seu cachorro estava bem, sua mãe estava bem.
Ela tinha amigos.
De repente ela sentiu uma vontade de cantar e sorrir e pensou que estivesse num filme bem idiota onde tudo acabaria bem, talvez tudo acabasse bem.

Que tal isso para um final feliz?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Assim

A vida continuou, a gente seguiu em frente e todo movimento que eu faço voltou a ser involuntário.
Eu não respiro mais por você;
Eu não respiro mais você.
Eu quero o menos de você, aquela coisa que é mais minha do que sua e agora eu me olhei direito, parei pra enxergar que até o que eu faço pensando noutro ainda me lembra você
E é assim...
Infelizmente.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Não Entenda

"Não somos amigos, não somos amantes", ele parecia transtornado ao dizer aquelas palavras, então mordeu o lábio, meio receoso.
"Então o que somos?", ela parecia calma, por mais que estivesse morrendo por dentro.
Estranho. Ele não a imaginaria tão calma conversando sobre aquilo.
Estranho. Ela já previa que ele fosse falar algo que fosse arruinar tudo, mas não o nervosismo.
Ele sorriu, de uma forma galanteadora.
"Acho que deve-se inventar uma nova definição para o que somos", ele disse ainda sorrindo, só que com menos intensidade.
"Talvez", ela sentou-se na mesa, "Para de fazer esse sorrisinho conquistador, você sabe que eu não sou mais uma"
"É sim", ele se aproximou, "e o pior é que você gosta disso"
Facada. Ela feriu o ego dele.
Facada. Ele a conhecia melhor do que ela considerou.
"Gosto mesmo, mas não toda hora", ela afastou ele com o indicador, "mas você está fugindo do assunto."
"Que assunto?", ele revirou os olhos, "Sobre o que nós somos?"
"Sim"
"Você corre atrás de mim quando quer se meter em encrenca, quando quer se aproveitar do meu estado de 'alma perturbada', você não quer ser minha amiga, você...", ele voltou a se aproximar, "Você quer algo físico"
"E você vem atrás de mim quando quer um conselho, uma opinião, ajuda e qualquer outro tipo de coisa que envolva meu intelecto, meu instinto", ela o afastou novamente, "Você quer algo psicológico"
Impasse. Eles querem coisas diferentes, que quando unidas se tornam algo maior.
Impasse. Eles não querem união.
"Quer saber então?", ele bufou, "Não temos nada."
"Melhor assim", ela o beijou e voltou a sentar-se na mesa conforme ele ia em direção a porta, "Melhor eu partir seu coração", ela sussurrou.
Clichê. Você nunca ouviu essa história antes?
"Ei, Jim?", ela disse enquanto ele rodava a maçaneta da porta da casa dela, "Feliz Aniversário!"
"Ei, Padma?", ele olhou pra trás e enquanto saia disse exaltado, "Vá ao diabo!"

Rotina

Depois de meses pensando em você toda hora, sofrendo, desejando e ansiando o nosso encontro, não posso deixar de fazer a seguinte observação:
Faz tempo que eu não penso em ti, eu estou ótima e nunca pensei nessa vida que te superar fosse assim tão...
Indolor.

sábado, 5 de março de 2011

DAMN

I need some control over myself.

Home

Existem pessoas que você quer manter por perto a vida inteira, pessoas completamente diferentes que tropeçam na sua vida e seguem o mesmo caminho que você.
Elas podem ser brancas como a neve e não remeter de nenhuma forma a frieza vinda dessa alusão; podem ser fortes e ao redor delas construírem um lindo castelo que fora as perfeitas proporções servem apenas para se protegerem dos males do mundo.
Sei que não importa o quão forte você seja, pessoas assim apenas te fortalecem e te deixam melhor e por mais que seja muito dificil de encontrá-las, eu as encontrei e gosto de pensar que elas sãos os pequenos fragmentos de alma que se dividiram com o tempo e a multiplicação do ser humano e estar com eles me faz sentir mais em casa do que em qualquer outro lugar.

Serei sempre grata aos meus fragmentos de alma, que me mantém sã na medida do possível e que fazem da minha vida um colorido eterno. Se não fossem vocês, a vida ainda estaria cinza...

Why Do Men Cheat?

Fiquei um dia inteiro me perguntando por que os homens traem tanto e cheguei à conclusão mais óbvia que existe.
Portanto, se você está sofrendo porque foi traída, saiba que todos já passaram ou passarão por isso e entenda que é pelo seguinte motivo: homens não suportam a idéia de ficarem sozinhos.
E só de pensar em ficarem sozinhos e independentes, o corpo deles já estremece pedindo por mais uma, mais alguém que preencha aquele buraco negro dentro deles que sempre quer mais uma pra suprir a necessidade que eles têm de se sentirem no poder, no controle e completamente sem, e isso é na maioria dos casos, um sentimento de real apego.
Homens traem por medo.
Homens são fracos.