sábado, 11 de dezembro de 2010

Asking

Hoje tive uma epifania... Nada digno de um livro ou de Clarice Lispector, foi enquanto eu conversava com um amigo sobre sua vida amorosa e etc.
Há tempos eu venho reclamando da minha inexistente vida amorosa e da minha constante descrença/desilusão sobre assuntos relacionados à amor, porque, bem, por mais que minhas experiências soem superficiais, eu fui construindo um muro que não pára de crescer em níveis de fortaleza. Não consigo entender ou pensar no fato de que enquanto todo mundo está correndo em direção à felicidade, eu estou correndo dela.
Eu sou mais assustada do que eu pensava, do que minha casca grossa permite admitir então vou parar por aqui...
A verdade é que eu me vi duas vezes chorando ao ver histórias de finais felizes pensando: isso não é de verdade, isso é só na ficção, porque a ideia de alguém gostar de você e você gostar dela é simplesmente surreal. Por isso que eu fico me perguntando onde as pessoas encontram seus casos, seus diversos namorados e "amores eternos" etc e tal, sendo que eu acho que eu nunca cheguei perto disso.
Tá soando pessimista, idiota e infantil, eu sei. Nesse momento eu tô me sentindo a criança deslocada do jardim de infância que reclama porque não tem um brinquedo igual ao dos outros, mas a verdade é que eu nunca pensei no amor como algo palpável, meu homem perfeito é uma combinação inexistente de personagens de televisão extremamente clichês e isso chateia porque parece que eu sou exigente demais e procuro o inalcançável.
Eu corro da felicidade porque eu vivi num local onde felicidade demais era um presságio ruim, afinal de conta, só se vive feliz para sempre por trás das câmeras.
Com 19 anos, não posso deixar de me sentir um pouco Ed Kennedy: porra nenhuma conquistada.
Com 19 anos, você diria que eu sou muito nova para uma perspectiva tão filosoficamente pessimista, mas eu sou mais velha que dois dígitos que marcam há quanto tempo eu estive no mundo.
Eu até posso acreditar no amor... Só não pra mim.

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