sábado, 7 de janeiro de 2012

A Cura

A gente se fere.
Normal, certo? Não importa quantos anos a gente tenha, eventualmente a gente vai se ferir.
E dói pra caramba e a gente acha que não vai conseguir mais fazer parar, de sangrar, de doer, de arder toda vez que alguém toca nessa ferida, às vezes só de mencioná-la já dói. 
Mas a gente segue a vida, porque nunca paramos de crescer e ser adulto exige que a gente siga em frente com um sorriso no rosto e pronto pra outra pancada que a gente vai sofrer.
Coração partido dói e a dor não passa nem com muita reza, nem com muita súplica do nosso corpo pra reverter tudo que está acontecendo dentro da gente... A cura, a gente sabe que é o tempo, que só com ele que a gente vai realmente se curar e a ferida vai cicatrizar a ponto da gente nem mesmo lembrar que tinha ela, de nem reconhecer algo que faz parte do nosso corpo há tanto tempo.
Aí a pessoa volta, aquela mesma que partiu seu coração.
E a ferida, aquela que te judiou por tanto tempo, nem ao menos abre pra dizer que aquilo mexeu com você. Vocês se olham e todo aquele amor se vai, como um pássaro livre de sua gaiola.
Esse é o problema da cura: o tempo mata o amor romântico.

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